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Moda

fevereiro 20, 2011 Deixe um comentário

Tudo começou quando Eva olhou para a água e viu seu reflexo. Ela viu seu corpo, seu rosto. A partir daí deixar o corpo e a aparência belos se tornou lei máxima para a sociedade. Estar na moda. Estar adequado à ocasião.

A coisa piorou alguns mils anos depois, onde chegamos nesse cenário: a princesa Carlinha era magra, usava roupas do mais alto garbo e tinha cabelos loiros. Já Evaneide era meio gorda, usava trapos – pois era pobre – e tinha cabelos parecidos com bombril.

 

Cenário da bagaça.

Evaneide não ligava para a aparência até que Clotilde, sua melhor amiga, saiu de seu barraco com uma revista de moda na mão, chamada “Be a Princess today, bitch!“, na sua primeira edição.

– EVANEIDE, QUERIDA, VOCÊ NÃO SABE A ÚLTIMA!!!
– Que foi, vadia?
– Sabe essa roupa que você tá usando? Então, isso tá super ULTRAPASSADO! Olha o que a Claudinha tá usando pra viajar pro Reino Unido! – e então esfregando a revista de moda na cara de Evaneide, ela surta.
– Tá, mas que diabos você quer que eu faça?
– Ora!, vista as mesmas roupas que Claudinha!
– Mas qual o intuito disso?
– Parecer uma “princesa”!
– Mas isso sequer cabe em mim! Olhe minha banhas, sua vaca.
– Basta emagrecer, puta de buteco!
– Mesmo emagrecendo, essas roupas não parecem nada confortáveis!
– E daí? O que importa é parecer chique, elegante! Sabe a Valéria, aquela vadia? Então, olha como ela é toda maltrapilha!
– Beleza, truta. Você quer dizer que eu tenho que vestir isso pra parecer chique, mesmo não me sentindo confortável?
– Basicamente isso, Neidinha...
– Só que tem outro problema… Meu pai não tem dinheiro pra comprar essas coisas. Olha esse brilho dessa roupa, só o que faz isso deve ser mais do que meu pai ganha em um mês de trabalho árduo!
– Neide, Neide, Evaneidezinha… Basta começar a trabalhar pra comprar as tais vestimentas!
– Mas eu pretendia fazer algo mais com o dinheiro que eu ganhasse trabalhando…
– Cala boca, estrupício. A gente tem que ficar na moda!
– Beleza então, mano do gueto. Eu vou dar um jeito de emagrecer, trabalhar, e então comprar as roupas e tentar me sentir confortável, como a princesa finge ficar.
– É isso memo, muleque doido! É assim que as coisas vão funcionar!

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E então chegamos a essa merda atual. Usamos coisas não para nós, e sim para os outros.

Não conheço NENHUMA mulher que se sente confortável usando salto alto. Qual o objetivo disso? Você pode estar se sentindo bem ao ver seu pé com todo aquele “glamour”, mas eaí? Você sequer consegue andar duas horas sem que o seu pé EXPLODA. Já ouviu falar dos tamancos holandeses? Bem, pra você ter uma ideia, ele era feito de MADEIRA. Talvez até ele seja mais confortável que um salto.

Sente o drama dos tamancos holandeses.

Mesma coisa com terno, no caso em homens. Geralmente, usar terno reflete em participar de ocasiões especiais, onde você precisar “seguir uma linha de elegância”. Eu, particularmente não gosto de usar terno nem nada do tipo. Pode ser elegante, mas é uma desgraça usar sapato, e usando o terno, você tem quatro dificuldades para poder “dar um mijão”. Sério: camisa, calça, cinta, cueca. Nunca confie em NADA que possa te evitar de “dar um mijão”.

Além de tudo isso, o que falar sobre aquelas pessoas malditas que ganham um salário mínimo, e quando o fazem, vão direto para o shopping mais perto gastar tudo o que ganhou, e mais, já criar contas para o próximo mês via cartão de crédito?

Preciso falar das pessoas que se tornam anorexas e doentes por culpa da “moda”? Li em uma notícia um dia algo sobre pessoas se tornarem depressivas e infelizes com o seu próprio corpo graças ao Photoshop de revistas e das mentiras dos vídeos de mulheres semi-nuas vendendo algo. “Por que pessoa X é linda, e eu não?” “Por que maluco Y tem um corpo mais belo do que eu?” “Ah, meu Deus! Essa roupa não serve em mim, bora vomitar pra servir!”.

O importante é você se sentir bem em estar usando aquilo, não só pela aparência, mas também pelo conforto.

O ser humano é a doença que cria a sua própria doença. Me expliquem nos comentários porque tudo isso acontece, por que diabos existe essa mania de querermos parecer com alguém? Se for explicar, explique com algo que faça sentido. Não venha dizer “porque o ser humano é ruim!”. Obrigado!

PS: Acho Crocs o “sapato” mais ridículo dessa década passada (foi criado em 2002 e bombou mais pros dois últimos anos). É aquele tipo de coisa que daqui vinte anos você vai falar que não devia ter o usado por ser extremamente feio, mas ele estava na moda. Não gostou, xingue-me.

Funk

janeiro 8, 2011 5 comentários

Você já parou pra pensar o que é música? De como ela e sua teoria foram criadas? E, incrivelmente, do jeito que ela com a letra ou a melodia te fazem sentir fisicamente – dançando ou pulando como um macaco headbanger – e psicologiamente – feliz, triste, bravo, calmo, assustado, etc? Não é só questão de um batuque em algum instrumento de percussão marcando o tempo, a voz de qualquer pessoa  cantando e um som base de algum instrumento, como guitarra, piano, violão, gaita ou sei lá, uma gaita de foles. É a união de toda a teoria musical + habilidade do instrumento/voz + estilo musical + letra (nem sempre presente) + sentimento. Rola todo um conhecimento na hora de fazer uma música: saber como usar BEM toda a hierarquia de sistema da música. É preciso técnica. Pura matemática – o que contradiz que muitos artistas da música foram péssimos na escola.

E então que em meados de 1960 um estadunidense chamado James Brown ajudou a popularizar um ritmo de música chamado Funk. Basicamente o ritmo era dançante, e músicas como “I Got You (I Feel Good)” fizeram a felicidade da época.

“FANQUE” CARIOCA

No entanto, acho que você já ouviu o “FANQUE” CARIOCA. Segundo o nosso amigo Wikipédia, o hoje famigerado funk carioca teve “influência” do black, soul, shaft ou funk clássico, que eram tocado em bailes nos anos 70. “Influência” entre aspas porque os DJs foram buscando novos estilos de música negra e acabaram não trocando o nome conforme a passagem das décadas. E isso resultou no nosso querido – por alguns ladrões/traficantes – e odiado – por gente de bem – funk carioca. Tanto que se você falar somente”funk” hoje no Brasil, todos interpretarão como o carioca, o que é um insulto ao funk de James Brown.

Não sou de criticar o gosto musical das pessoas porque cada um tem seu gosto, – apesar de já ter falado sobre Hip Hop e R&B, – mas não podemos considerar o Funk Carioca algo que pode ser ouvido. As letras. O ritmo. Tá tudo errado. Tudo limita-se em sexo e putaria no seu pior. As letras às vezes são cantados por vozes de crianças (isso devia ser proibido) dizendo  que elas querem ver o “piru” dos amigos vizinhos. Em outros casos conseguimos ouvir TODOS os apelidos referentes ao órgão sexual masculino e feminino em apenas 6 minutos. Refrões não passam de mulheres gemendo e homens com uma enorme fome de comer mulheres, o que me faz pensar se eles são zumbis.

“IÇU MEMO CRODEINEIDE, DANÇA A MÚSICA DO DJ CRAUDINHO, SUA GOSTOSA!”.

Já a melodia (???) não passa de uma compilação de sons totalmente escrotos repetidos sem nenhuma ordem musical. É literalmente um “TCHUQUI TCHA TCHUQUI TCHUQUI TCHA TCHA!“. Vários funks contém remixes de sons de computador, como por exemplo o de vários sons retirados do MSN. Gosto de remixes – principalmente paródias – mas o funk é um remix de baixíssima qualidade, hein? Puta merda.


Olhe por exemplo nesse vídeo que tive nojo de colocar aqui. Além do começo da música já ACABAR com a música original do Foreigner – que já foi destruída pela Mariah Carey – a tal da Valeska diz não se importar se o cara é casado ou não e começa a falar que quer dar dar dar dar dar dar dar dar dar. Depois a letra é simplesmente terrível. Tudo isso enquanto imagens de um típico ouvinte de funk e usuário de Orkut aparecem no vídeo. Mas que grande merda.

Mal chegamos ao meio desse post e já temos a conclusão irrefutável de que FUNK CARIOCA NÃO É MÚSICA e que FUNK CARIOCA É A MAIOR DESGRAÇA DA GERAÇÃO CONTEMPORÂNEA BRASILEIRA.

BAILES FUNK

O pior de tudo não é nem o funk em si, mas sim suas consequências, como os bailes funks. Infelizmente não achei uma definição no Wikipédia, mas vou explicar aqui pra vocês o que um é baile funk . Primeiramente, quero informar a todos vocês que nada no mundo me atormenta mais do que muvuca. Filas de banco ou de qualquer lugar, feira, shows lotados, a Índia (HAHAHA) 25 de março no final de ano, Piscinão de Ramos… Qualquer maldito lugar onde há gente em excesso me passam uma extrema angústia de querer morrer. Agora, voltando à definição de baile funk. Baile funk nada mais é do que um acontecimento que ocorre em uma pequena sala que suporta trinta pessoas, mas que na verdade são lotados com centenas de pessoas extremamente feias com grande massa nas nádegas, onde essas se alcoolizam e fazem danças do acasalamento, nas quais tudo é baseado em se esfregar em corpos humanos do sexo oposto. Tudo isso ao som de funk. Sendo que frequentemente há um show ao vivo do seu artista favorito.


Meu Deus do céu. Se quiserem rir mais, cliquem para ampliar.

Basicamente, as pessoas que participam desse local sórdido não vão em busca de ouvir funk, e sim acasalar com o máximo de pessoas possível. Isso resulta em uma gravidez inesperada, onde o sujeito que nascer seguirá os caminhos dos pais e assaltará você em alguma parada de semáforo. Ou seja, baile funk é o último lugar onde uma pessoa que tenha amor a si próprio queira estar. O barulho das caixas de som que transmitem o funk, aliado ao fato de você estar perto de mulheres com bundas enormes e homens sem dente fazem você querer preferir pular no poço de merda do que participar de uma dessas festas estranhas.


MULHERES FRUTA

Em alguns desses bailes funks, seres femininos com partes do corpo extremamente avantajados de banha ficaram populares e receberam apelidos referentes ao seu formato. O primeiro foi da Mulher Melancia, já que o seu traseiro tinha o formato impróprio de uma melancia.

Foi aí que começou a putaria – como se já não rolasse no funk em geral. Várias mulheres diziam ter alguma parte do corpo semelhantes à alguma fruta e aí começou a geração de mulheres frutas. Uma tinha peito em formato de maracujá, já outra tem bunda no formato de um morango, outra tem o tornozelo com o formato de um abacate, já aquela do formato da banana você, homem, não irá querer conhecer. Enfim, quando uma mulher tem a parte do corpo semelhante à uma fruta, essa recebe o nome Mulher (nome da fruta). Outra vez mostrando que o funk carioca só nos dá desgraça.

Boa parte das mulheres frutas aí em cima. Eu acho. Sei lá quem é quem.

Tem também outras variações onde, por exemplo, uma moçoila que se diz virgem se auto denominou Mulher Caviar por ninguém nunca ter a comido (como na letra de um pagode do Zeca Pagodinho). Mas não vou entrar em detalhes dessas variações.

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Mas puta que pariu né. O que tem a ver o funk de James Brown com essa putaria sem sentido?

E o comportamento dos ouvintes de funk carioca? Estou sendo preconceituoso, mas com certeza você vai ver alguém que gosta de funk te causar vergonha alheia. Pode ser ouvindo música no celular no ônibus/rua no último volume, colocando o som no último volume dentro de seus barracos para todo mundo ouvir, falando diversos palavrões e gritando fora de hora, ou até mesmo te assaltando, traficando drogas e as consumindo.

A única coisa que eu espero é que os funkeiros não leiam isso aqui. Eu sei, parece idiota eu escrever isso mas pense bem: um ser que goste de uma música como funk não tem a cabeça aberta o suficiente para interpretar um texto e ver que deve parar de ouvir essa desgraça. O máximo que eles poderiam fazer é ficar muito furiosos, me procurarem e me baterem até a morte. Felizmente, eu me lembro que maioria dos funkeiros só acessam a internet por lan houses, e quando o fazem, apenas acessam o Orkut para postar fotos do último baile funk que foi e escrever nos comentários das fotos que pegou mais de vinte.

Mas mesmo assim, por precaução, qualquer coisa meu nome é André, moro no Amapá, perto da Rua Solange Matos.

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Ignorem as tags aqui embaixo do post. Sem apelação não ganho visitas. Beijos.